Alunos do 7° e 8° ano aprofundam estudo sobre genética com visita a laboratório da USP

Talvez uma das maiores indagações que temos quando crianças seja: “Como fui formado?”. Daí, incluem-se questões como: “Por que pareço mais com meu pai ou com minha mãe?”, “ Por que meus pais têm olhos castanhos e eu, azuis?”, e muitas outras curiosidades.

Os alunos do 7° e 8° ano buscaram respostas para essas e muitas outras perguntas e aprenderam sobre o nosso material genético: o que significa DNA e RNA; genes, alelos dominantes e recessivos, cromossomos, mas apenas pela análise de seu cariótipo (sim, eles já sabem o que são cariótipos e que informações podem nos fornecer), e, inclusive, identificar algumas alterações cromossômicas. Aprenderam também sobre divisões celulares, qual a diferença entre genótipo e fenótipo, o que define nosso tipo sanguíneo e outras particularidades de nossas características.

O tema “clonagem” também ganhou espaço nas aulas e os alunos tiveram a oportunidade de assistir uma reportagem, em inglês, do ano 1997, época do anúncio da clonagem da ovelha Dolly.

Daí surgiu a ideia “Por que não realizarmos um experimento de clonagem no nosso laboratório?”. Com isso, tivemos que tratar sobre a ética envolvida em experimentos que envolvem animais, incluindo os seres humanos. Assim, conseguimos sim realizar uma aula prática nesse projeto: fizemos a extração do DNA das células de dois alunos (uma menina e um menino) e de um fruto (mamão); assim, os alunos puderam observar macroscopicamente como é o DNA.

Os alunos levaram o tema para casa e muitas dúvidas por parte dos pais começaram a surgir: “Por que meu tipo sanguíneo não é igual ao do meu pai, nem da minha mãe, nem dos meus avós? Por quê? Por quê?”. Assim, os alunos aprenderam a montar um heredograma (esquema que pode representar uma árvore genealógica) para levarem para casa e mostrarem para os pais o que influenciou cada uma daquelas características que tinham mais dúvidas. Os pais, com isso, também aprenderam com o desenvolvimento desse projeto.

E, para fecharmos com chave de ouro, os alunos decidiram visitar um laboratório que atuasse com pesquisa na área de genética. No dia 26 de março, visitamos o grupo de pesquisa da Profa. Dra. Lygia Pereira, do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE), no Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo. Os alunos aprenderam sobre as técnicas que os pesquisadores desse laboratório empregam para estudar a importância de células-tronco no tratamento da doença hereditária denominada Síndrome de Marfan. No final da visita, puderam utilizar um microscópio para analisarem um cariótipo e também conversaram com a Profa. Lygia sobre os temas já vistos durante as aulas.

Com certeza, foi um projeto que, além de trazer novos conhecimentos para os alunos, proporcionou momentos de reflexão, companheirismo e também diversão.

Profa. Tathyana – Ciências